quarta-feira, 24 de março de 2010

HIPERTEXTO (CIENTÍFICO)

O HIPERTEXTO.

O hipertexto no contexto educacional






A Nova Sociologia da Educação, assim como outras vertentes críticas educacionais pautou seus estudos no sentido de avaliar como a educação (principalmente escolar) produz e reproduz as desigualdades sociais, questionou a natureza do conhecimento escolar e faz avançar nossa compreensão sobre o papel político desempenhado pela escolarização.

Pós-estruturalistas e pós-modernos consolidam muitas das propostas da Nova Sociologia da Educação. Ao rejeitar as "grandes narrativas", ao questionar um conhecimento universal e a distinção entre "alta cultura" e a cultura cotidiana abrem espaço a currículos mais vinculados às diferenças culturais. Entretanto, mais do que denunciar questões de interesse e poder na condução da instituição escolar, colocam sob suspeição toda a tradição filosófica e científica moderna, problematizando as próprias idéias de razão, progresso e ciência, que em última análise são a razão de ser da própria idéia da instituição escolar (Silva, 1996).

O campo educacional é aquele onde mais fortemente se situam os conceitos básicos sobre os quais se firmou a tradição iluminista do mundo ocidental quais sejam: a universalidade, a individualidade e a autonomia.

Onde, se não na educação, especialmente escolar, estes conceitos são tão necessários e fundamentais para se afirmar os princípios do sujeito e da consciência, os binarismos opressão/libertação, opressores/oprimidos ou para se enfatizar o papel do intelectual? Onde, se não na educação, as "grandes narrativas" legitimadoras do saber - os discursos científico e filosófico são tão onipresentes? Questiona Silva (1996, pág. 237).

O pós-estruturalismo transforma em ficção (Alcoff, 1989, pág. 4, citado por Silva, 1996, pág. 146) o sujeito livre, autônomo e auto-centrado ao qual a tradição educacional de Rousseau a Paulo Freire e Piaget vê como passível de repressão ou libertação, sendo esta última objetivo de um "projeto educacional transformador". Ora um "projeto educacional transformador" supõe uma "grande narrativa" ou meta-narrativa que o explique denunciando como deformada a visão de educação presente. Para a crítica pós-moderna explicações totalizantes estão desacreditadas, entre outros motivos, em razão das conseqüências muitas vezes desastrosas que trouxeram: no campo político, regimes totalitários e, especificamente, na educação exclusão das diferenças culturais.

As idéias pós-estruturalistas focalizam o mundo social como constituído pela linguagem que passa de representação a parte integrante e central da definição e constituição da realidade, sendo, assim, precedente àquele sujeito que ela mesma define e que deixa de ser o centro de toda a significação e de toda a ação, passando a ser encarado como resultante de múltiplas determinações. A própria linguagem deixa de ser vista como fixa, estável para ser encarada como em constante movimento "... não conseguindo nunca capturar de forma definitiva qualquer significado ..." (Silva, 1996, pág. 238).

Sob esta ótica tornam-se um tanto desprovidas de sentido as noções de uma visão ideológica da sociedade como permeando a organização do sistema escolar pois, a seguir as postulações de Foucault, os discursos constroem a realidade, instauram a verdade não existindo discursos verdadeiros ou falsos (ideológicos). "Projetos educacionais transformadores" ou uma "educação conscientizadora" que possam desvelar a visão ideológica que falseia o discurso veiculado pela escola: sobre a educação e sobre o mundo social e político, passam a existir apenas, também, como discurso.

Assim, a partir de uma perspectiva que reconhece o deslocamento do sujeito e de sua consciência do centro do mundo social, que encara a linguagem e os discursos que definem a realidade como em constante movimento é que vamos encaminhar com maior propriedade uma reflexão sobre as denominadas tecnologias educacionais e, mais especificamente, sobre o hipertexto, uma nova forma de produção e transmissão cultural.

Com este pano de fundo pensar o uso do computador, bem como o do hipertexto no contexto da educação não é tarefa tão simples, embora, hoje, em razão da força com que se impõem no espaço educativo as ferramentas ligadas à informática, tal tema venha sendo intensamente pautado nas agendas, quer daqueles que se dedicam a buscar soluções técnicas para os problemas do ensino, quer daqueles que se preocupam (e estes em menor número) com uma visão mais ampla das questões relacionadas à educação.

A tendência dos debates sobre tecnologia e educação é, via de regra, relegar o fato de que os livros, lousa, giz assim como as diferentes formas de linguagem, o próprio conteúdo curricular, o controle e a avaliação da aprendizagem, a disciplina são: instrumentos tecnológicos ou tecnologias simbólicas que medeiam a comunicação ou, ainda, tecnologias organizadoras do sistema escolar, ele mesmo também uma forma de "tecnologia" ou, usando outras palavras, uma ferramenta pedagógica.

Esta mesma tendência nos conduz a uma visão parcial, orientando-nos a focalizar como tecnologia educacional somente algumas ferramentas mais recentemente desenvolvidas e aplicadas com finalidades didáticas como: os livros didáticos, os retro-projetores, a TV, os aparelhos de vídeo, o computador e a classificar como perigosas aquelas sobre as quais temos menor conhecimento e este, especificamente é o caso do computador cujos recursos tornam possível o hipertexto.

No calor dos debates levados a cabo sobre o assunto se colocam, de um lado, os entusiastas que acreditam na missão redentora da informática e pretendem salvar a educação através do computador, acolitados pelo todo poderoso mercado que lhes coloca à disposição os mais sofisticados produtos destinados a ensinar tudo a todos, através de pacotes prontos e modelos acabados que vão desde "cursos on-line" sobre os mais diversos assuntos a "joguinhos pedagógicos", gravados em CD-Roms, em que nossos filhos, ansiosos por botões ganham florzinhas ou caretas dos personagens projetos na tela do computador a cada acerto ou erro cometido e cuja fundamentação teórico-metodológica é, para não dizer mais, absolutamente discutível.

Também nesta posição se situam os que não querem perder o "bonde da história" e estão às voltas com a programação apressada de "cursos à distância", última palavra entre os "ismos" educacionais e cuja preocupação é auferir, mensurar e avaliar resultados, especialmente financeiros.

De outro lado se postam os resistentes, alguns deles, mesmo usando em seu cotidiano uma enorme parafernália tecnológica, destinada ao conforto e ao bem estar, se recusam a reconhecer que, além da lousa, do giz e de uma boa biblioteca, também ferramentas para ensinar, outras invenções do homem podem ser úteis à educação sem torná-la desumana e seu conteúdo massificado desde que tenhamos em mente sua possibilidade de moldar novas formas de existência e sociabilidade.

Colocando-nos na mesma posição de Silva (1996, pág. 196) acreditamos que a educação institucionalizada, assim como os educadores, parecem mal equipados para lidar com novas configurações culturais, dando-nos a sensação de jurássicos frente à paisagem que os rodeia. As novas subjetividades com que a escola defronta, cujas novas determinações culturais implicam em novas capacidades mentais, cognitivas e afetivas estão a clamar por uma discussão que leve avante questões sobre: quem são os alunos, quem são os professores, o que e de que forma compete à escola ensinar.

http://www.unicamp.br/~hans/mh/educ.html


HIPERTEXTO

O hipertexto é uma nova linguagem que foi criada para facilitar a busca por novos conhecimentos. Esta busca é feita de forma não linear, ou seja, através de links vai-se de um texto para outro.

quarta-feira, 17 de março de 2010

TRABALHO POR PROJETOS

A água é bem que nos dias de hoje é considerado um bem finito, bem do contrário que se dizia a algum tempo, quando pensava-se que era infinito.
Assim, nos dias atuais as moradias e edificações que são projetadas e construídas fazem o aproveitamento da água da chuva. Que é um meio de fazer o aproveitamento desta água para vários meios e preservar a água das fontes e subterrâneas.

Para saber mais clique aqui.

quarta-feira, 3 de março de 2010

ANTONIO NÓVEA

Pelas minhas observações feitas do texto, percebo que o Professor no dia de hoje é e precisa ser um herói e muiiiito difícil ser PROFESSOR. Porque precisa estar antenado em todos os sentidos (razão e emoção) e mesmo assim interagir com o que é apresentado e do que vai vir.
O Professor está envolvido com alunos que tem as mais diversas diferenças tanto sociais quanto morais e intelectuais.
E como se diz. E daí, o que vamos fazer.

ENTREVISTA LADISLAU DOWBOR

Pelas colocações feitas pelo Dowbor, gostaria de fazer um comentário referente "o que ensinar e que aluno formar?"
Bem, parece fácil de primeira mão querer escrever sobre esses dois temas, se muitas vezes nem o Professor sabe para onde ir e onde está. Refrente ao que ensinar, me parece que é fazer com que o aluno tenha acesso a informação das mais diversas formas e com isso ele ir construindo o seu intelecto, mas ao mesmo tempo mostrando caminhos a que nos já trilhamos e deu certo. Ensinar principalmente aquilo que for relevante para a descoberta do mundo da informação e acim de tudo, aquilo que vai apreendendo, o faça evoluir.
E com relação que aluno formar? Um ser humano que tenha uma ampla gama de conhecimento e consiga interagir com as mídias que estão disponíveis. Mas acima de tudo que saiba se relacionar, interagir, propor e fazer, seje "humano".
Hoje, três de março de 2010, estamos reunidos na sala do NTE - GERED de São Miguel do Oeste - Santa Catarina - Brasil. Aula de Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC.
È uma forma de aprendermos para usar as Tecnologias e com esse conhecimento adquerir-mos novos meios de ensinar.